Como se captura a autenticidade de uma memória?.
“Eu frequentemente noto que não conseguimos olhar para o que está diante de nós, a menos que esteja dentro de uma moldura. O tempo e o espaço nos restringem, mas também definem quem somos, criando laços inexplicáveis com os outros que fluem conosco ao mesmo tempo e pelos mesmos lugares. Essa sobreposição, essa porção compartilhada de diferentes partes de memórias individuais. Nós percebemos tudo através do prisma da nossa própria experiência.” – Alfonso Cuaron
“Um homem está sozinho no riacho. De calças brancas arregaçadas até o joelho e tronco nu, entra na água. Dá quatro passos e deixa-se ficar quieto no ponto certo onde a corrente passa. Sente ondas memoriais atravessarem-lhe os tornozelos e parece-lhe ouvir o sussurro das algas. Um peixe passa por ele, indiferente ao batimento sanguíneo que há trinta e cinco anos atravessa o seu corpo inteiro.” -Flecha, livro de Matilde Campilho p.206
“Um homem está sozinho no riacho. De calças brancas arregaçadas até o joelho e tronco nu, entra na água. Dá quatro passos e deixa-se ficar quieto no ponto certo onde a corrente passa. Sente ondas memoriais atravessarem-lhe os tornozelos e parece-lhe ouvir o sussurro das algas. Um peixe passa por ele, indiferente ao batimento sanguíneo que há trinta e cinco anos atravessa o seu corpo inteiro.” -Flecha, livro de Matilde Campilho p.206
“-Ah… esquecer! Esquecer não é coisa que podemos escolher. Quem dera pudéssemos! As pessoas dizem tolamente: esqueça! Sem se darem conta de que é o esquecimento que nos escolhe. Conte novamente a sua história, quem sabe encontramos uma maneira de viver com ela.” -A natureza da mordia, livro de Carla Madeira p.46